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Estamos em uma época muito interessante em vários sentidos, mas, certamente as questões ligadas às novas tecnologias têm roubado a cena – e as discussões – no dia a dia de muitos. Dentre essas novas tecnologias, as IAs – Inteligências Artificiais – estão puxando uma via de muitos debates. Há muitas pessoas favoráveis e, ao mesmo tempo, muitas contrárias não só à utilização de IAs, como também, ao desenvolvimento de novos estágios e outras Inteligências Artificiais no futuro próximo.

Dentre aqueles que se colocam contra, despontam os argumentos sobre o uso indiscriminado das IAs e a possibilidade disso levar a resultados muito negativos. Quem  não ouviu falar sobre a carta assinada por vários nomes de peso da área de tecnologia – caso de Elon Musk, Steve Wosniak, Yuval Noah Harari e centenas de acadêmicos de diversas universidades. O documento, apresentado ao público no final de março deste ano, alerta para os perigos não apenas do uso dessa tecnologia, mas também para a falta de regulação sobre como – e porque – usar Inteligências Artificiais. É fato que as IAs não têm um código de ética que as fundamente. Isso abre para um outro importante ponto do debate: o que está na base dessa nova fronteira da tecnologia são interesses de uma parcela muito pequena de pessoas que tanto criou os elementos de estruturação das Inteligências Artificiais, como os próprios mecanismos de desenvolvimento e aprendizagem. Olhando por esse viés, parece ser justificada a preocupação que a carta apresenta, pois sabemos que quando há poucas pessoas trabalhando com mecanismos que podem transformar a realidade que conhecemos, toda preocupação é justificável – basta pensarmos a quem pertencem as maiores Redes Sociais Digitais e os impactos que isso tem na vida cotidiana de milhões de pessoas, no mundo todo.

Porém, vamos falar aqui sobre outros usos possíveis para essa tecnologia, sobretudo no que tange a propor visões alternativas aos padrões estabelecidos em diferentes áreas. É o caso, por exemplo, do artista nigeriano Malik Afegbua (que também é cineasta), que utilizou uma IA para criar um desfile de moda onde todos os modelos são idosos. A partir da utilização de um aplicativo, o artista criou a “Série dos Idosos” e apresentou ao mundo uma visão onde pessoas velhas trajam roupas contemporâneas, elaboradas a partir de uma mistura entre ancestralidades africanas e propostas atuais de materiais, formas e cores. Essa experimentação de Afegbua surgiu de uma experiência pessoal com sua mãe, mas acabou por atingir em cheio a sociedade atual e alguns valores vigentes e presentes no dia a dia de milhões de pessoas no mundo todo, especialmente no que diz respeito a imagens que circulam em diferentes mídias.

por Paula Visoná – Diretora de Inovação

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